terça-feira, 30 de abril de 2013

CALENDOSCÓPIO DE RÉGUA

Devido às reflexões múltiplas, quanto menor o valor do ângulo entre dois espelhos planos ou réguas, maior o número de imagens.


Assim, no caleidoscópio, é possível observar uma multiplicidade de imagens diferentes. A construção de um caleidoscópio é uma tarefa relativamente simples e apenas implica a utilização de materiais comuns.
Pode-se pedir desenhos em papel manteiga e após a construção do caleidoscópio os alunos podem olhar seus desenhos em 3D.
Sugestões: 
Podemos forrar as réguas com papel alumínio, e por fora decorar  cada um o seu, também podemos colcar dentro de um cano de pvc.


 

Paradigma Sócio-Construtivista na Educação - Piaget e Vygostsky


segunda-feira, 29 de abril de 2013

PIAGET


Os processos de desenvolvimento são independentes da aprendizagem, o desenvolvimento antecede aprendizagem.
Ação sobre o objeto.
O desenvolvimento ocorre de dentro para fora  o professor é portanto um facilitador ou bloqueador do processo.


Etapas do desenvolvimento


Período Sensório-motor (0 a 2 anos)
A partir de reflexos neurológicos básicos, o bebê começa a construir esquemas de ação para assimilar  mentalmente o meio.
A inteligência é prática.
As noções de espaço e tempo são construídas pela ação.
O contato com o meio é direto e imediato, sem representação ou pensamento.
Exemplos:
O bebê pega o que está em sua mão; "
mama" o que é posto em sua boca; "vê" o que está diante de si. Aprimorando esses esquemas, é capaz de ver um objeto, pegá-lo e levá-lo a boca.


Pré-operatório (2-7 anos)
Também chamado de estágio da Inteligência Simbólica . Caracteriza-se, principalmente, pela interiorização de esquemas de ação construídos no estágio anterior (sensório-motor). 

A criança deste estágio: É egocêntrica, centrada em si mesma, e não consegue se colocar, abstratamente, no lugar do outro.
Não aceita a ideia do acaso e tudo deve ter uma explicação 
(é fase dos "por quês").
Possui percepção global sem discriminar detalhes.
Deixa se levar pela aparência sem relacionar fatos.
Exemplos:
Mostram-se para a criança, duas bolinhas de massa iguais e dá-se a uma delas a forma de salsicha. A criança nega que a quantidade de massa continue igual, pois as formas são diferentes. Não relaciona as situações.
Na linha piagetiana  a linguagem é considerada como uma condição necessária mas não suficiente ao desenvolvimento, pois existe um trabalho de reorganização da ação cognitiva que não é dado pela linguagem, conforme alerta La Taille (1992).
Em uma palavra, isso implica entender que o desenvolvimento da linguagem depende do desenvolvimento da inteligência.


Período das operações concretas  (7 a 11, 12 anos):
A criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade, ..., já sendo capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade.
Não se limita a uma representação imediata, mas ainda depende do mundo concreto para chegar à abstração.
Desenvolve a capacidade de representar uma ação no sentido inverso de uma anterior, anulando a transformação observada (reversibilidade).
Exemplos:

despeja-se a água de dois copos em outros, de formatos diferentes, para que a criança diga se as quantidades continuam iguais. A resposta é afirmativa uma vez que a criança já diferencia aspectos e é capaz de "refazer" a ação. 


Período das operações formais (12 anos em diante):
A representação agora permite a abstração total.
A criança não se limita mais a representação imediata nem somente às relações previamente existentes, mas é capaz de pensar em todas as relações possíveis logicamente buscando soluções a partir de hipóteses e não apenas pela observação da realidade.
Em outras palavras, as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento e tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todo as as classes de problemas.
Exemplos:
Se lhe pedem para analisar um provérbio como "de grão em grão, a galinha enche o papo", a criança trabalha com a lógica da ideia (metáfora) e não com a imagem de uma galinha comendo grãos.
A criança adquire "capacidade de criticar os  sistemas sociais e propor novos códigos de conduta: discute valores morais de seus pais e constrói os seus próprios (adquirindo, portanto, autonomia)". 
TRANSVERSALIDADE

A transdisciplinaridade representa um nível de integração disciplinar além da  interdisciplinaridade.
Trata-se de uma proposta relativamente recente no campo epistemológico.
Japiassú a define como sendo uma espécie de coordenação de todas as disciplinas e interdisciplinas do sistema de ensino inovado.

Como se pode observar na Figura, este é um tipo de interação onde ocorre uma espécie de integração de vários sistemas interdisciplinares num contexto mais amplo e geral, gerando uma interpretação mais holística dos fatos e fenômenos.


INTERDISCIPLINARIDADE



É a interação entre as disciplinas. E, supõe um eixo integrador que pode ser o objeto de conhecimento, um projeto de investigação, um plano de intervenção.


Nesse sentido, deve partir da necessidade sentida pelas escolas, professores e alunos de explicar, compreender, intervir, mudar, prever, algo que desafia uma disciplina isolada e atrai a atenção de mais de um olhar, talvez de vários.
A Figura ilustra com clareza a existência de um nível hierárquico superior de onde procede a coordenação das ações disciplinares.

Dessa forma, dizemos que na interdisciplinaridade há cooperação e diálogo entre as disciplinas do conhecimento, mas nesse caso se trata de uma ação coordenada.




Quadro Síntese Tendências Pedagógicas





TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS E SEUS PENSADORES

A educação toma como referência algumas correntes filosóficas, que norteiam o
fazer pedagógico, a partir de questionamentos, tais como: qual a finalidade da educação?
Que tipo de indivíduos queremos formar? O que pretende a sociedade? Que papéis devem
assumir os educadores e os educandos? 

Todos os questionamentos requerem uma reflexão filosófica.

três tendências filosóficas para explicar a educação:
a redentora, a reprodutora e a transformadora.

A tendência redentora concebe a educação como um meio de manter a organização social e resgatá-lo quando for necessário. Um dos representantes dessa tendência é Comenius. Para ele, assim como outros pensadores, a educação tem um caráter salvacionista, é através dela que podemos proteger a humanidade dos possíveis desvios da sua essência.

A tendência reprodutora pressupõe que a educação reproduz a sociedade e as ideologias vigentes. A escola é considerada como um ambiente discriminatório, ela imprime ideologias das classes dominantes e, em vez de democratizar, ela reproduz as diferenças sociais e perpetua o status quo.
Podemos destacar como adeptos dessa tendência Louis Althusser, que classifica a escola como um aparelho ideológico de estado (AIE), e Pierre Bourdieu, que afirma que no processo de reprodução, a escola atua com a violência simbólica, ou seja, um tipo de agressão que não ocorre concretamente, com a utilização da força física, mas no campo dos discursos, das idéias, de maneira sutil.

A tendência transformadora, por sua vez, é crítica, busca compreender a educação como mediação de um projeto social. Ela tenta ser intermediária entre as tendências anteriores, pois não considera a educação de modo tão otimista quanto à redentora, nem tão pessimista como a reprodutora.  
Os teóricos desta tendência admitem que a educação, agindo a partir dos condicionantes históricos, tem um papel ativo na sociedade.  O pensador que se destaca na contemporaneidade á essa tendência é
Dermerval Saviani. Tendo como referência essas três linhas filosóficas, que definem a concepção de
homem, educação e sociedade, é que surgem as tendências pedagógicas, estas que definem os elementos didáticos que convergirão para o processo ensino-aprendizagem.

Concluímos, então, que existe estreita relação entre Educação, Pedagogia e Filosofia,
constatamos que a Pedagogia se delineia a partir de uma posição filosófica definida. 
Em suma, as tendências pedagógicas surgem a partir das tendências filosóficas.
As tendências se dividem em duas grandes categorias: 
Pedagogia Liberal ePedagogia Progressista. 
Essas categorias advêm das tendências filosóficas que visitamos
anteriormente. Vamos á elas:
Na Pedagogia Liberal temos as Tendências: Tradicional, Tecnicista, Renovada
Progressista (Escola Novismo/Escola Nova) e Não diretiva. Genericamente, essa macrotendência
pressupõe a adaptação dos indivíduos aos valores e às normas vigentes na
sociedade de classes, através do desenvolvimento da cultura individual.
Na Pedagogia Progressista estão configuradas as Tendências: Libertária,
Libertadora e Crítico-Social. Nessa tendência a análise crítica do sistema capitalista,
sustentando as finalidades sociopolíticas da educação, rege os procedimentos
pedagógicos.